quinta-feira, 1 de abril de 2010

Considerações sobre o filósofo dormindo...

Cada letra que brota da pena
mascara a angústia que, implacável, há de surgir.
E, por mais que a reflexão se faça plena,
sempre há um ponto mais por discernir.


O horizonte caminha ferrenho
a cada linha que se agiganta no papel

rasga o tino dos meus objetos
e, quando menos se espera, multiplica minhas quase-certezas vadias,
tornando os caminhos infinitamente mais amplos.

só o papel e os sonhos de pó e nuvem valem o prazer
de carregar meus longos e saborosos
dias de buscar o que não se vê...

nem se busca.




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