quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Uma Dança para Eu e Ela


Tua dança me nina em tuas plantas dos pés.
Como se teu colo e teu caminho fossem feitos do mesmo solo,
Atravessando mansamente os desenredos que toda vida gesta em sua trajetória.
Também eu, caminho, alojado no ritmo que em ti me embalas,
Musicando-me precioso em teus gestos...
Palmilhando-me engenhoso em teu ser.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mutações



Eu me água no dia em que a sede veio
pois, quando me fogo, flamejei as conexões invisíveis.
Ainda assim, quando pedra, pedregulhei sobre os pés marcados de viagerias
para no florescer do dia gozar da alegria de despertar-me flor.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Chão



Meus pés jazem enraizados ao chão.
o surto poético desta imagem pode lhe parecer
um arremedo de imobilismo.

No entanto, eu sou ele e ele sou eu.
Não há dissensões entre minha essência e a do chão.
O caminho em mim se arraiga,

Porque, no limite, eu sou o meu caminho.
vivo dele, padeço dele, nutro-me dele
Sim, eu sou ele.