segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ensaio para uma Ressurreição

Mil medos aportam em teus seios cansados.
Queres, em vão, educar o brio e reconectar os sentidos.
Mas, já não podes sentir o mesmo juvenil anseio.
Pois, realidade e rotina, musas clandestinas,
Mataram teus devaneios e sonhos por antecipação.

Julgas que não podes mais caminhar.
Erra em teus joelhos cansados de suportar
O peso inconveniente de lutar por aquilo em que não se crê.
Educar ainda é um sonho, talvez plasmar o medo
Como arma de renúncia seja apenas uma efêmera ilusão.

Transmutar-se? Eis a tortuosa questão.

André Luis Santos