O aluno dorme,
ruidosa a classe observa.
são duas formas do não-pensar.
"O exílio nos compele, estranhamente, a pensar sobre ele, mas é terrível de experienciar. Ele é uma fratura incurável entre um ser humano e um lugar natal. Entre o eu e seu verdadeiro lar: sua tristeza essencial jamais pode ser superada. (...) As realizações do exílio são permanentemente minadas pela perda de algo deixado para trás, para sempre." Edward Said.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Surto
O grito surdo espancou
o silêncio frio que
atormentava a mente.
Porém, nenhum surto
é mais potente
que os gritos cegos
de poesia que me
troxeram até aqui.
Nenhum lampejo
de insanidade pode
dirigir minha vontade.
E, eu, menos arremedo
que chave de ouro
consigo trilhar minha
própria via ápia.
o silêncio frio que
atormentava a mente.
Porém, nenhum surto
é mais potente
que os gritos cegos
de poesia que me
troxeram até aqui.
Nenhum lampejo
de insanidade pode
dirigir minha vontade.
E, eu, menos arremedo
que chave de ouro
consigo trilhar minha
própria via ápia.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Considerações sobre o filósofo dormindo...
Cada letra que brota da pena
mascara a angústia que, implacável, há de surgir.
E, por mais que a reflexão se faça plena,
sempre há um ponto mais por discernir.
O horizonte caminha ferrenho
a cada linha que se agiganta no papel
rasga o tino dos meus objetos
e, quando menos se espera, multiplica minhas quase-certezas vadias,
tornando os caminhos infinitamente mais amplos.
só o papel e os sonhos de pó e nuvem valem o prazer
de carregar meus longos e saborosos
dias de buscar o que não se vê...
nem se busca.
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